Revista Educação Gráfica

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APREENDER, CRIAR, ENSINAR: REFLEXÃO SOBRE UMA APROXIMAÇÃO POSSÍVEL, CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA E CIÊNCIAS DA COGNIÇÃO.

RESUMO
A reflexão aqui proposta tem por objetivo geral, explicitar os pontos de intersecção entre dois campos de pesquisa: a concepção arquitetônica e as ciências cognitivas.
Porquê concepção arquitetônica como processo cognitivo?
A explicação tradicional para o ato de conceber admite que se trata de criar ou de projetar através da simples manipulação de um conjunto de dados ditos objetivos, oriundos de um procedimento de “leitura” do ambiente (paisagem, luz, clima, formas, usos, técnicas de construção, etc.). Esta visão é herdeira de uma tradição racionalista que produziu dezenas de manuais, mas que não demonstra o processo de concepção, tampouco explica o processo de concepção como procedimento do pensamento. Os manuais não colocam em evidência o que é necessário fazer para transformar as referências objetivas enumeradas anteriormente em espaço, “contidas” nos desenhos que denominamos projeto arquitetônico.
O projeto não é, portanto, nem um dado, nem um resultado, mas um processo que se desenvolve no seio do pensamento.
Palavras Chave: Arquitetura, projeto, concepção, Ciências cognitivas, psicologia cognitiva, concepção.

ABSTRACT
The reflexion proposed here has the general objective to explicit the intersection points between two research fields: architectural design and cognitive sciences. But why architectural design like a cognitive process? The traditional explication to conceiving action consider architectural design proceedings as a kind of simple manipulation of an objective data set, extracted through a “lecture” proceeding of the environment (landscape, light, climate, usage, building techniques, etc. This sight is a heritage of the rationalist tradition who produced tenths of handbooks but without demonstration of the designing process, neither than the design processes such a mind proceeding. These handbooks don’t show the way to transform objective references into spatial solutions presented by the draws named architectural project. Project isn’t a “data”, neither a “result”, but a process developed in the midst of the mind.
Keywords: Architecture, architectural design, Cognitive Sciences, cognitive psychology, design activity

 

Autores

Kleber Pinto Silva

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