Resumo
Os fanzines eram muito utilizados pelo movimento punk, na divulgação de ideias, shows, eventos e consistiam em impressões de pequenos formatos. Eram confeccionados de forma simples e rudimentar, com recortes de jornal, fotografias e imagens, com as fontes montadas e organizadas manualmente e muitas vezes eram feitas cópias para distribuição, importando mais a comunicação do que o respeito aos princípios do design. Na disciplina de Teoria do Design 2, ministrada para os cursos de Design e Design Gráfico da UTFPR, as zines foram propostas como atividades para discutir os conteúdos de história do design, analisar a linguagem gráfica do movimento punk e na discussão de estratégias de comunicação de ideias, valores e ideologias, avaliando sua inserção em uma cultura de produção, circulação e consumo. As zines evidenciam o potencial de comunicação de ideias, convidando a uma reflexão sobre a articulação de diferentes produções do design, tais como caricatura, ilustrações, tipografia, lettering, colagens, fotografias. As zines, neste sentido, devem ser valorizadas como expressões gráficas que fazem parte do design, e não como exceções às atividades e práticas do campo.
Palavras-chave: zines; punk; faça-você-mesmo; teoria do design.
Abstract
Fanzines were widely used by the punk movement, in the dissemination of ideas, shows, events and consisted of small format prints. They were made in a simple and rudimentary way, with newspaper clippings, photographs and images, with the fonts assembled and organized manually and copies were often made for distribution, importing more communication than respecting the principles of design. In the discipline of Design Theory 2, taught for UTFPR’s courses in Design and Graphic Design, the zines were proposed as activities to discuss the contents of the history of design, analyze the graphic language of the punk movement and in the discussion of communication strategies of ideas, values and ideologies, evaluating their insertion in a culture of production, circulation and consumption. The zines show the potential for communicating ideas, inviting reflection on the articulation of different design productions, such as caricature, illustrations, typography, lettering, collages, photographs. In this sense, zines should be valued as graphic expressions that are part of the design, and not as exceptions to the activities and practices of the field.
Keywords: zines; punk; do-it-yourself; design theory.
Autores
Lindsay Jemima Cresto
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